De Roubo em Roubo!
Com o pretexto de salvar bancos, os diferentes (mas todos iguais) Governos Portugueses já aí gastaram mais de 17 mil milhões de euros.
Só para se ter um termo de comparação, o Ministério da Saúde – o tal que não tem dinheiro para nada - tem um orçamento para 2019 de aproximadamente 11 mil milhões de euros, portanto, muito menos do que já gastamos com os bancos.
Ao analisar as contas desses bancos – BPN, Banif, BES (Novo Banco) e CGD -, descobrem-se créditos sem garantias, corrupção, políticos sentados no conselho de administração a tomar decisões de risco, promiscuidade com o poder político e muita, mas mesmo muitas “habilidades” que tinha como objetivo enriquecer à custa dos contribuintes.
Até quando podemos continuar a tolerar este tipo de gente?
1.Clarificação retrospetiva.
Com grande dificuldade, o partido ALIANÇA lá vai tentando impor a sua imagem no seio da comunidade portuguesa, que se lhe mostra completamente alheia. É natural que seja esta a realidade, para o que basta ter em conta o resultado da peleja entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes, em que este foi amplamente derrotado no seio do PSD, mas também o facto de a sua personalidade política principal ser, precisamente, Pedro santana Lopes.
A barafunda é total.
Embora, como pude já escrever, ninguém hoje ligue um ínfimo ao caso de Tancos – diz-se agora que Jesus poderá vir a substituir Rui Vitória –, a verdade é que a grande comunicação social e os partidos da oposição têm perseverado em incentivar a barafunda entretanto gerada ao redor do caso em questão. Custa-me acreditar que as entidades que vêm promovendo a presente barafunda consigam imaginar o cansaço da generalidade dos que acompanham os noticiários televisivos. Por acaso, um cansaço acompanhado de sorrisos tradutores da graça que tudo isto também já suscita.
Terríveis dores de estômago
Basta acompanhar os noticiários televisivos principais, boa parte dos quais fortemente alinhados com os objetivos da Direita, ou ler um qualquer órgão escrito diário, para se perceber esta coisa simples: a Direita anda completamente à deriva, limitando toda a sua intervenção a críticas desgarradas, suportadas em casos correntes da nossa vida coletiva.
Por via desta objetiva realidade, é absolutamente natural que os seus dirigentes se vejam acometidos por terríveis dores de estômago, agora que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa salientou, bem publicamente, que todos os partidos mostram, com eleições à vista, posições propostas influenciadas pelas mesmas. As propostas ditas eleitoralistas, num ápice agarradas, qual pão para a boca, pelos jornalistas que debitam as posições daquela Direita. No fundo, muitos destes nem sequer levam Jair Bolsonaro bem a sério em face do seu extremismo direitista.
Dos políticos espera-se sentido de Estado
A sociedade, de um modo maior ou menor, encontra-se hierarquizada. Um tema estudado pelos jovens desde, ao menos, o início do 2º Ciclo do Ensino Básico. Fugindo de considerações de natureza religiosa, aquela hierarquia sedimenta-se a partir dos textos constitucionais, referenciais principais de toda a ordem hierárquica presente no tecido social. Podemos ver esta realidade nas grandes datas comemorativas das principais efemérides históricas.
Outra notinha
Num destes dias, tive a oportunidade, em casa do meu neto, de poder consultar com alguma calma o seu livro de Matemática Aplicada às Ciências Sociais – 10º Ano, Texto Editores Lda., 2018, 1ª Edição, 4ª Tiragem, da autoria das professoras Elisabete Longo e Isabel Branco. Um livro muito interessante e que contém vantagens se for possuído por concidadãos os mais diversos, uma vez que apresenta uma interessante e útil introdução à mecânica eleitoral. Não deverá ser insuportavelmente caro e é de grande utilidade.
Alcácer Quibir
Pois é verdade, caro leitor, Alcácer Quibir foi o que surgiu ao pensamento quando me dei conta de que Cavaco Silva surgia no meu televisor a perorar, revoltado e sem a essencial elegância de Estado, sobre a escolha de uma nova Procuradora-Geral da República, sucedendo a Joana Marques Vidal no cargo em causa. Alcácer Quibir e D. Sebastião, o tal que uma dita lenda garantiu vir a surgir um dia numa manhã de nevoeiro. Simplesmente, nunca houvera nevoeiro nesse dia, pelo que a hipótese logo surgida no meu espírito ficou posta de parte.